Como foi amplamente divulgado na mídia nacional e internacional, morreu às 14h52 de sexta-feira (23/03), aos 80 anos, o humorista cearense Chico Anysio. Ele estava internado havia três meses e faleceu após uma parada cardiorrespiratória, causada por falência múltipla dos órgãos, decorrente de choque séptico causado por infecção pulmonar, segundo nota divulgada pelo Hospital Samaritano, na Zona Sul do Rio.
Ao longo de seus 65 anos de carreira, esse ilustre e amado cearense criou exatamente 209 personagens e foi um dos maiores humoristas do Brasil com destaque no rádio, na TV, no cinema e no teatro. Ele deixa oito filhos e completaria 81 anos no dia 12 de abril.
Todos nós brasileiros, em especial os cearenses, estamos de luto pela perca irreparável daquele que é considerado por muitos como o “Mestre do humor brasileiro”, ou ainda o “Pelé do humor”. Aclamado e reconhecido internacionalmente, Chico Anysio é um orgulho para toda a nação e um exemplo de artista e profissional a ser seguido, e com certeza deixa imensa saudade.
Nascido em Maranguape/CE, mudou-se para o Rio de Janeiro com toda a família aos sete anos, e foi na capital carioca que despontou para o estrelato, começando na rádio, depois na TV, em seguida no teatro, literatura, artes plásticas e mais recentemente no cinema. Humorista, ator, escritor, artista plástico, comentarista, dentre outros atributos, sempre foi conhecido pela sua humildade e generosidade, nunca esquecendo-se de suas origens, principalmente de sua terra natal. Tudo isso faz desse cearense arretado um verdadeiro Mestre, a exemplo de seu personagem mais famoso, o Professor Raimundo.
Ao criar e interpretar tantos personagens diferentes, Chico Anysio não foi só um, mas sim ele foi 209 brasileiros que alegraram toda a nação durante 65 anos de uma carreira magnífica, tendo um de seus ápices em novembro de 2009, quando Ele foi agraciado com a Ordem do Mérito Cultural, a mais alta comenda do governo brasileiro na área, entregue pelo então Presidente Luis Inácio Lula da Silva.
Por tudo isso o humor cearense, sobretudo o brasileiro, está de luto e também está órfão, pois acaba de perder seu tão amado e ilustre Pai e Mestre.
Eu, particularmente, como cearense e tambem escritor, e ainda fã incondicional de Chico, lamento profundamente que tenha se apagado o brilho de uma estrela de tamanha grandeza, e que tão bem representava nosso estado no cenário nacional.
Descanse em paz, Mestre Chico.
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