Evento aposta em programação com autoras conhecidas do público e apresentações culturais
Com a presença de autores conhecidos do público infantojuvenil como Paula Pimenta e Thalita Rebouças, e ainda o espaço Mundo dos Livros, os corredores da Bienal de Minas foram invadidos por muitos adolescentes, crianças e famílias no seu primeiro fim de semana.
Quem na sexta à tarde passou perto do estande da editora Autêntica pôde ver uma discreta e simpática mineirinha conversando calmamente e tirando fotos com algumas meninas. Tratava-se de Paula Pimenta, autora da séria Fazendo meu filme. Já no sábado, na tarde de autógrafos programada pela editora, o cenário era bem diferente. Duas horas antes as meninas começaram a formar fila e, pouco depois, já era impossível chegar perto do estande. Mesmo com distribuição de senha, foi preciso transferir o evento para um espaço maior. A autora foi recebida por um coro de “Paula, eu te amo!” e, com muita simpatia e o dobro de paciência, atendeu as meninas que se empolgavam com seus autógrafos e fotos. Segundo a autora, todas as sessões de autógrafos têm sido assim.
“As histórias que ela conta são muito cativantes. A gente se identifica muito com as emoções, porque já passamos por aquilo ou ainda vamos passar”, contou Marcelle Felix, que com mais 10 amigas alugou uma van para irem de Matozinhos até Belo Horizonte.
No mesmo dia, a autora Thalita Rebouças também foi recebida com muitos aplausos no Território Jovem, onde conversou com a galera. A autora do livro Fala sério, mãe, entre vários outros, arrancou risos da plateia ao contar que na sua primeira Bienal ficou sentada quase uma hora e ninguém vinha pedir autógrafo. Resolveu então subir na cadeira e gritar: “Ei, eu sou autora deste livro!” – pelo menos chamou atenção!
Thalita contou que começou a escrever aos 10 anos quando produzia seus próprios livros e que a maioria tinha títulos bem estranhos. Respondendo a pergunta de uma menina que disse querer ser escritora, Thalita falou: “Precisa ler muito e escrever muito, todos os dias”.
Outro espaço que chamou atenção na Bienal foi o Mundo dos Livros. Colorido, espaçoso e com uma biblioteca, o lugar empolga pelas atrações e pela curadora Sandra Bitencourt, que literalmente sobe no palco para encantar os olhos dos pequenos.
Segundo Sandra, a proposta do espaço é mostrar que a palavra tem movimento, através da música, teatro e percepções visuais.
Todas as apresentações são baseadas em obras de grandes autores como Guimarães Rosa, Carlos Drummond de Andrade e Bartolomeu Campos de Queirós, os dois últimos homenageados pela Bienal.
Marcelino Ramos levou o espetáculo “Xibil”, que se inspira nas conversas em volta de fogueira e de roda de viola. Já na apresentação de “Ao sentir nos pássaros”, Sandra Lane propôs a interação entre teatro, música, poesia e brincadeiras.
Para Sandra é necessário incentivar nas crianças o hábito de leitura através da família e da escola. “Uma criança pega um livro na nossa biblioteca e eu aproveito para conversar com os pais. É uma grande alegria quando vejo uma mãe anotando um nome de livro ou autor que a criança gostou.”
A Bienal de Minas acontece até o dia 27 de maio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário